Gisela Solymos, do Cren Uma plateia lotada com cerca de 400 pessoas aplaudiu de pé Gisela Solymos, eleita Empreendedora Social 2011, e Henrique Saraiva, Luana e Phelipe Nobre, vencedores do Prêmio Folha Empreendedor Social de Futuro, anteontem à noite, no MASP (Museu de Arte Moderna de São Paulo).
"Receber esse prêmio] É um aperto enorme no coração, por uma comoção de um reconhecimento de um trabalho que começou antes de mim e que teve centenas de pessoas envolvidas", afirmou Solymos (leia entrevista completa aqui). Ela é diretora-geral do Cren (Centro de Recuperação e Educação Nutricional), que atende crianças e adolescentes. Mães também são instruídas a fornecer alimentação balanceada aos seus filhos.
O Prêmio Empreendedor Social é uma parceria da Folha com a Fundação Schwab. Neste ano, o concurso teve 272 inscritos de 24 Estados e do Distrito Federal.
Solymos concorreu com Claudia Vidigal, do Instituto Fazendo História, Dagmar Garroux, da Casa do Zezinho, Iraê Cardoso, a Aappe (Associação dos Amigos e Pais de Pessoas Especiais), José Dias, do Cepfs (Centro de Educação Popular e Formação Social), e Luciana Quintão, do Banco de Alimentos.
Phelipe, Luana, Henrique, Claudia, Iraê, José, Dagmar, Luciana, Gisela, Vamir e Eduardo
Promovido exclusivamente pela Folha, o Empreendedor Social de Futuro foi vencido por três amigos surfistas. Henrique Saraiva e o casal Luana e Phelipe Nobre são fundadores da Adaptsurf (Associação Adaptação e Surf), que promove a inclusão e a integração social das pessoas com deficiência (física, intelectual, sensorial ou múltipla) por meio do esporte e do lazer.
Henrique Saraiva, Phelipe Nobre e Luana Nobre, da Adaptsurf
"A primeira providência agora é ter uma sede para poder receber mais pessoas, oferecer oficinas, aulas de alongamentos e técnicas esportivas, inclusive nos dias que não dá para pegar praia", disse Phelipe.
Os três concorreram ao prêmio com Eduardo Pacheco, da Associação Hurra!, e Valmir Vale, do Instituto Musiva.
"Acredito que conseguiremos mais parceiros e empresas que apoiem nossa iniciativa para dar oportunidade para pessoas com diferentes tipos de deficiências. Vamos colocar mais esteiras em mais praias, para que mais pessoas tenham acesso ao mar", disse Henrique.
Abertura
O maestro João Carlos Martins durante apresentação
A cerimônia de premiação, fechada a convidados, teve abertura do maestro João Carlos Martins, que regeu a Camerata Bachiana e o Coral A Música Venceu.
O regente comoveu o público presente ao falar sobre sua "insistência" em continuar tocando piano, mesmo após diversas cirurgias.
No programa da noite, "Jesus Alegria dos Homens" (J.S. Bach), "Concerto nº 21" (W.A. Mozart), "Melodia Sentimental" (Heitor Villa-Lobos), "My Way" (Claude François, Jacques Revaux e Paul Anka), seleção de trilhas de cinema de Ennio Morricone e "Trem das Onze" (Adoniran Barbosa), que teve coro também da plateia.
Inclusão
audiodescritora Bell Machado
Para que o evento fosse inclusivo, um intérprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais) e uma audiodescritora permaneceram o tempo todo no palco.
O advogado Daniel Monteiro, acompanhado de seu cão-guia, ao entrar no teatro, ficou surpreso em saber que todo o evento teria audiodescrição aberta a toda a plateia.
"A audiodescrição aberta serviu para divulgar esse recurso, para estimular essa prática e mostrar que pessoas com e sem deficiência tem a mesma condição de acesso", disse Monteiro.
As premiações movimentaram as redes sociais. Durante a cerimônia, 465 tuítes com a hashtag #pesocial levaram informações a mais de 250 mil internautas no Twitter. No Facebook, mais de 300 mil pessoas acompanharam o evento.
Cerca de 400 pessoas compareceram à cerimônia
por Danilo Verpa, Camila Mindonça e Rosangela De Moura
Fonte: UOL Folha