Coordenadores do Projeto Comunicare, Afonso Galindo e Aline Corrêa, falam sobre a ideia de promoverem uma oficina de audiodescrição no Pará, com o objetivo de capacitar as pessoas para promover formas de comunicação mais democráticas, que atendam principalmente as pessoas com deficiência. O principal objetivo é a inclusão social por meio do audiovisual.
"A proposta de promovermos uma oficina de audiodescrição no Pará veio da Aline. Ela já desenvolvia oficinas na área de audiodescrição. E eu já venho desenvolvendo algum tempo uma oficina chamada Audiovisualmente Falando, que é uma preparação para o roteiro, propondo uma experiência sensorial para os participantes", explicou Afonso Galindo. Eles juntaram as duas coisas e prepararam duas oficinas, propondo a capacitação em audiodescrição e identificação de elementos de comunicação a partir do audiovisual.
Pesquisadora e voluntária na Seção Braille da Fundação Cultural do Pará, Aline Corrêa é graduada em Letras pela Universidade do Estado do Pará e vai compartilhar seu conhecimento na técnica de audiodescrição, que trata-se de uma faixa narrativa adicional para os deficientes visuais consumidores de meios de comunicação visual, onde se incluem a televisão e o cinema, a dança, a ópera e as artes visuais. Consiste num narrador que fala durante a apresentação, descrevendo toda a cena, cada detalhe do roteiro do filme durante as pausas naturais do áudio e por vezes durante diálogos.
A professora concluiu, em 2014, o curso de iniciação a audiodescrição na Universidade de Campinas. "A audiodescrição te dá toda a referência. Prestar atenção em detalhes em que você vê e não enxerga, hoje eu digo que antes da audiodescrição na minha vida, eu via e não enxergava. Pela técnica eu situo a pessoa cega completamente em um evento que esteja participando"”, comenta a professora.
O curso é voltado para pessoas interessadas no tema, universitários, assistente social, documentaristas, produtores de cinema, pessoas com deficiência e todos que tiverem interesse em descobrir e dialogar esse novo olhar com a técnica da audiodescrição. "A intenção é discutir e trazer a audiodescrição, para que se possa aplicar o método no Pará, na sala de aula, nas universidades", pontua Aline Corrêa.
As oficinas acontecerão de 15 a 19 de fevereiro, de 8h às 12h e de 14h às 18h, no Cine Líbero Luxardo, no Centur. As inscrições são gratuitas e poderão ser feitas no local do evento, ou na Biblioteca do Centur.
Contatos: 3202-4332.
Fonte: ORMNews